A síndrome de Guillain-Barré ou polirradiculoneurite aguda é uma doença rara na qual os nervos periféricos se deterioram. Estes nervos enviam mensagens do cérebro para os músculos, instruindo-os a se moverem, e também levam sensações como a dor, prazer, gosto, etc., para o cérebro. O dano de um nervo causa freqüentemente fraqueza muscular (muitas vezes chegando a causar paralisia total), e pode causar anormalidades de sensação, inclusive dor, formigamento, sensação de “comichão na pele”, ou até desequilíbrio.
O que torna a síndrome de Guillain-Barré uma emergência médica é que a fraqueza pode afetar os músculos do tórax responsáveis pela respiração. Se eles são paralisados, o paciente pode morrer por falta de oxigênio. O paciente deve ser monitorado cuidadosamente; normalmente em um hospital, para ter certeza que a respiração e outras funções vitais são mantidas.
Causa
A síndrome de Guillain Barré tem caráter autoimune. O indivíduo produz auto-anticorpos contra sua própria mielina. Então os nervos acometidos não podem transmitir os sinais que vêm do sistema nervoso central com eficiência, levando a uma perda da habilidade de grupos musculares de responderem aos comandos cerebrais. O cérebro também recebe menos sinais sensitivos do corpo, resultando em inabilidade para sentir o contato com a pele, dor ou calor.
Em muitas pessoas o início da doença é precedido por infecção de vias respiratórias altas, de gastroenterite aguda (por campylobacter) e, num pequeno número de casos, por vacinação especialmente contra gripe e em raras ocasiões contra hepatite B e contra o tétano. Antecedentes de infecções agudas por uma série de vírus tais como, Epstein Barr, citomegalovirus, HTLV, HIV, e diversos vírus respiratórios têm sido descritos.
Incidência
A incidência anual é de 2-4 casos por 100.000 habitantes na América do Norte.(3) Os padrões epidemiológicos são semelhantes no mundo inteiro.(1,2)